O Governo Federal lançou o Plano de Ações Integradas Mulheres e Clima, que reúne dez medidas estratégicas para fortalecer a justiça climática com justiça de gênero. A iniciativa reconhece que as mulheres são as mais impactadas pelos desastres ambientais, sobretudo negras, indígenas, quilombolas, rurais e periféricas. Ao mesmo tempo, elas estão na linha de frente da construção de soluções sustentáveis.
Entre as iniciativas, estão a criação de um Protocolo de Atendimento às Mulheres em Emergências Climáticas e Desastres e a inclusão da justiça climática na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.
O Plano e Ações também inclui, entre suas iniciativas, a atuação no Gender Day da COP30, que ocorrerá em Belém do Pará, em novembro. E também a formação de 100 lideranças de base em diplomacia popular, em parceria com a Universidade de Brasília.
Para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, enfrentar a crise climática é também defender a vida e promover um novo modelo de desenvolvimento, baseado na inclusão e na diversidade. “Somente podemos construir um país mais justo, igualitário, sustentável e democrático para todos os brasileiros com justiça social, justiça climática e reparação histórica”, afirma.
Segundo a ministra, a cultura tem papel estratégico nesse processo porque conecta saberes, tradições e práticas que fortalecem a resistência das comunidades diante da crise ambiental: “Essas mulheres sabem que não existe separação entre floresta, rio, alimento e comunidade. Suas práticas culturais são mais do que um gesto de sobrevivência: são atos de resistência climática que preservam a biodiversidade, geram autonomia e fortalecem a democracia.”
O Plano de Ações também prepara a participação do Brasil na COP30, consolidando a presença feminina na agenda internacional do clima. “Temos milhões de mulheres no Pará, em Belém, e queremos pensar em um trabalho conjunto para que elas se sintam incluídas, entendam o que está acontecendo e possam ser protagonistas nesse processo”, ressalta a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.
O Ministério da Cultura tem reforçado o papel da cultura como uma aliada essencial no enfrentamento à crise climática. Valorizando, portanto, os saberes ancestrais e promovendo soluções coletivas para um futuro sustentável.
Fonte: Brasil 61